Governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, ressaltou a necessidade de os brasileiros votarem pelo “caminho da mudança” no pleito de outubro; “Daqui a oito meses esse governo termina. E nossas vidas continuam e o Brasil continua. Nós precisamos assumir uma atitude muito mais proativa”, afirmou; nesta quinta-feira 27, o PSB veiculará propaganda partidária em que Campos, ao lado da ex-senadora Marina Silva, fará duras críticas à gestão da petista, principalmente à Petrobras
Pernambuco - O governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, não dá mostras de que vai arrefecer o tom das críticas contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Nesta quinta-feira (27), ele afirmou que o mandato de Dilma “vai acabar dentro de oito meses”, ressaltando a necessidade dos brasileiros votarem pelo “caminho da mudança” no pleito de outubro. Campos deverá se desincompatibilizar do governo pernambucano no próximo dia 4 para focar na disputa presidencial.
“Daqui a oito meses esse governo termina. E nossas vidas continuam e o Brasil continua. Nós precisamos assumir uma atitude muito mais proativa”, afirmou Campos, acrescentando que o País precisa superar a atual crise de confiança. “Não existem dúvidas de que só se supera essa crise com a mudança. E quem pode fazer a mudança é a sociedade, votando no caminho da mudança”, disse.
O socialista afirmou, ainda, que a escolha de mudança por parte da população é crucial para impedir uma "vitória do conservadorismo”. “Nós estamos num tempo em que quem deve vencer é a esperança num Brasil melhor”, pontuou o gestor.
Apesar das críticas, o governador abrandou o tom ao afirmar que a situação do País não é “um caos absoluto”. “Já houveram mais problemas no passado”, lembrou. O abrandamento dos disparos, entretanto, não durou muito. “Não tem ninguém que tenha uma varinha de condão e possa dizer assim: agora não, agora esse cristal não está quebrado. O cristal quebrou. E qual é o cristal? O da confiança, da relação de confiança entre governo e sociedade”, avaliou.
“A gente está percebendo claramente que as conquistas estão em risco. O governo não conseguiu melhorar o Brasil, que está piorando em vários aspectos. Nós, brasileiros, não podemos entender que não temos um papel ou que o papel é só do governo”, afirmou o gestor. “O papel é de todos nós”, finalizou.
As declarações foram dadas após a cerimônia de lançamento do Portal Miguel Arraes, que será responsável pela preservação da memória do ex-governador de Pernambuco e avô de Eduardo Campos. O lançamento da plataforma se deu durante um ato em referência aos 50 anos do golpe militar, ocorrido no dia 1 de abril de 1964. Na época governador de Pernambuco, Arraes teria se recusado a ser deposto por um oficial do exército, se afirmou que só deixaria o cargo se fosse preso.
fonte: Brasil247
